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"O Homem no Segundo Andar" Me mudei pra um prédio velho no centro de São Paulo, alugando um quitinete baratíssimo no 5º andar. O dono parecia desesperado pra alugar, nem pediu fiador. Achei que era sorte. Na primeira noite, por volta das 3h, acordei com o som de passos no andar de cima. Só que... não tinha andar de cima. O prédio só ia até o 5º. Pensei que fossem canos, barulho do elevador, sei lá. Dormi de novo. Na segunda noite, os passos voltaram. Mas dessa vez, mais fortes, como se alguém estivesse arrastando os pés. Um som abafado, tipo couro molhado raspando no chão. Comecei a gravar com o celular, mas quando ouvia depois, o áudio saía limpo. Silêncio total. Na terceira noite, um morador bateu na minha porta. Um senhor baixinho, careca, meio trêmulo. Disse baixo: > "Você está ouvindo, né? Não sobe. Nunca suba. Mesmo que ele chame." Antes que eu perguntasse quem, ele foi embora. Na noite seguinte, os passos pararam. Mas às 3h em ponto, ouvi batidas suaves na porta. Uma, duas, três. Fui até o olho mágico. Ninguém. Mas quando me afastei... a maçaneta girou. Devagar. Quase como se testasse se eu tinha trancado. Tranquei as três travas. Fiquei em silêncio absoluto. Então, do lado de fora, ouvi algo que me paralisou: > "A porta de cima está aberta." E então os passos voltaram, só que agora… vindo do teto. Dando voltas. Cada vez mais pesados. Cada vez mais lentos. Tentei me mudar no dia seguinte, mas o dono do prédio só me respondeu: > "Todos tentam. Mas ninguém desce o suficiente." Hoje é minha quarta noite. E agora eu ouço batidas no teto. Não passos. Batidas. Como se alguém, ou algo, estivesse se arrastando pra baixo, pelo concreto. E há uma rachadura nova no teto do meu banheiro. Só que ela respira.

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“Chamado na ambulância” > (Baseado em relatos de paramédicos) “Era pra ser uma ocorrência comum”, contou Marcelo, socorrista há 12 anos. — Ligaram dizendo que uma idosa estava inconsciente no banheiro de casa. Chegamos em 8 minutos. A casa era velha, mas bem cuidada. O estranho é que ninguém atendeu a porta. Ela estava destrancada. Entramos com cuidado, anunciando: — AMBULÂNCIA! Tem alguém aí? Nada. Fomos direto ao banheiro. A mulher estava caída de bruços, o chão cheio de sangue. Parecia ter batido a cabeça. Mas algo não fazia sentido: o sangue ainda escorria, fresco demais. Chegamos em oito minutos. Quando viramos o corpo para iniciar os procedimentos, percebemos: os olhos dela estavam costurados com linha preta. Costurados mesmo. Marcelo se calou um tempo nessa parte. — Ela estava… respirando. Mas muito devagar. Só que aí… O rádio no bolso do parceiro chiou com uma voz: — …precisamos de uma ambulância. Ela caiu no banheiro… Era a MESMA chamada de antes. A mesma voz. A mesma frase. Só que ninguém havia apertado o botão do rádio. E a gravação da central… nunca existiu.

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🕳️ “A Porta Atrás da Geladeira” Mudei pra esse apartamento porque era barato demais pra recusar. Sem fiador, sem perguntas, e já mobiliado. O antigo morador? Sumiu. Nada confirmado — disseram que ele só “foi embora”. Mas no segundo dia, algo me incomodou. Enquanto limpava a cozinha, percebi que a geladeira não encostava totalmente na parede. Havia um espacinho... e por trás, algo escuro. Uma maçaneta. Uma porta. Trancada, sem chave. E mais estranho: não aparecia na planta do apartamento. Tentei esquecer. Mas ela começou a bater. Devagar, durante a noite. Como se alguém usasse os nós dos dedos, com calma. Toc. Toc. Toc. Achei que fosse o vizinho fazendo barulho. Até que uma noite o som veio de dentro da cozinha, nítido. A geladeira tremia levemente. Deixei uma câmera ligada. No vídeo da madrugada, às 3h03, a porta se abriu um pouco. Só um pouco. E uma mão saiu. Longa, esquelética, com unhas negras e... minha pulseira. Aquela que eu havia perdido há semanas. A mão a deixou sobre a mesa e voltou pra dentro. A porta fechou sozinha. Desde então, todo dia de manhã encontro algo em cima da mesa: meu boné perdido, chaves, contas pagas... até mesmo um bilhete escrito com minha letra: "Eu cuido de você enquanto você dorme. Deixe comida." Comecei a deixar pratos com carne crua. E a cada dia, os pratos voltam limpos. Impecáveis. Mas hoje cedo… tinha algo diferente. Um dente humano. E no bilhete: "A carne de hoje é sua. Dorme tranquilo." A geladeira está tremendo agora. A porta bate mais forte. Toc. Toc. Toc. Toc. A comida acabou ontem. E eu não consigo mais lembrar se fui eu mesmo que me mudei pra cá… Ou se já estava aqui… atrás da porta.

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👁️ "A Última Notificação" Rafael acordou às 3h da manhã com o som do celular vibrando. Uma notificação: "Você está sendo observado. Olhe pela janela." Ele congelou. Pensou que era algum amigo pregando peça. Mas a curiosidade venceu. Caminhou lentamente até a janela. Lá fora, apenas a rua vazia, iluminada por um poste trêmulo. Então, outra notificação: "Não essa janela. A de trás." Rafael virou-se rapidamente. O coração acelerou. Na janela dos fundos, uma silhueta alta e imóvel o encarava. A tela do celular vibrou novamente: "Agora você me viu." A luz acabou.

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3. Algo no Poço (criatura) Na fazenda do avô de Daniel, havia um velho poço tapado com tábuas pregadas. “Nunca abra”, diziam. Mas Daniel era teimoso. Uma noite, sozinho, ele removeu as tábuas para olhar. Escuro, fundo, silêncio. Até que algo lá no fundo olhou de volta. Dois olhos sem pálpebras. Fixos. E uma voz grave ecoou do fundo: "Agora que me viu… tem que me alimentar." As tábuas voltaram no lugar por conta própria. Mas, desde então, toda semana, alguém da fazenda desaparece.

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A Boneca da Encruzilhada Na pequena cidade de São Remo, diziam que uma boneca antiga aparecia toda sexta-feira à noite na mesma encruzilhada, entre as ruínas da capela e o cemitério. Quem a encontrasse e não a levasse pra casa, desaparecia antes do amanhecer. Ninguém acreditava... até Marcos, bêbado, tropeçar nela durante uma aposta com os amigos. Era de porcelana, com olhos de vidro que pareciam úmidos. Ele riu, chutou a boneca e seguiu seu caminho. Na manhã seguinte, os amigos foram procurá-lo. A casa estava trancada por dentro. E no quarto, sobre a cama arrumada, estava a boneca. Sorrindo. No espelho, escrito com o que parecia ser sangue, lia-se: "Eu fui boazinha. Dessa vez, só levo ele." E Marcos nunca mais foi visto.

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O Sussurro Bruna morava no oitavo andar e sempre dormia com a janela fechada. Sempre. Mas naquela noite, acordou com um sussurro bem perto da orelha: "Abre..." Assustada, tateou o criado-mudo. Nada. O quarto estava trancado. Ela se levantou devagar e viu — a janela estava aberta. Um vento gelado entrou. Ela correu para fechá-la, mas algo segurou a mão dela pelo lado de fora. Um rosto pálido, colado no vidro, sussurrou: "Você ouviu, Bruna... agora eu posso entrar."

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Aren cambaleava, o corpo coberto por feridas abertas e cicatrizes antigas, ainda fumegando da magia sagrada que o havia mantido acorrentado por anos. Seus olhos âmbar flamejantes encararam, pela primeira vez em muito tempo, o céu noturno — livre das grades de sua cela de pedra. Lyra permanecia diante dele, a expressão serena como a neve de onde parecia ter saído. O selo da ordem sagrada estava riscado em sua armadura — uma cruz quebrada. O símbolo de uma traidora. — Por que…? — Aren murmurou, a voz rouca e desacostumada a palavras gentis. — Por que me libertou? Ela não respondeu de imediato. Apenas estendeu a mão, como se desafiasse o próprio mundo a contestá-la. — Porque você não é a maldição. Você é a chave. Antes que ele pudesse perguntar o que significava aquilo, Lyra girou nos calcanhares e começou a caminhar pela floresta. Aren hesitou, mas a corrente quebrada em seu tornozelo tilintava como um lembrete: qualquer lugar era melhor que o inferno de onde havia saído. Enquanto caminhavam, ele notou como a floresta parecia responder à presença dela — as árvores se curvavam levemente, a neblina se dissipava ao seu redor. Ela não era humana comum. E, no fundo, ele sabia que ela também escondia algo.

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